segunda-feira, 23 de maio de 2011

0 Reunião da Mocidade - 28/05/2011 - Tema: Vícios

As pessoas que alimentam vícios fazem mal a si mesmas.

Todos sabem que os vícios são prejudiciais à saúde e nós temos o dever de cuidar do corpo, que é instrumento da nossa evolução. Quando nos descuidamos da saúde e não tratamos devidamente do corpo; quando desenvolvemos vícios ou praticamos excessos de qualquer natureza, ao chegarmos no mundo espiritual, através da morte, podemos ser considerados suicidas inconscientes e sofreremos com essa situação.

Se os vícios produzem perturbações e sofrimentos aqui na Terra, pior será depois do desencarne (morte), porque eles se enraízam no corpo espiritual (perispírito). Esse corpo é semelhante ao físico, aliás, é a sua matriz. Pelo que dizem os espíritos, durante a gestação a formação do feto é orientada pelos moldes existentes na mente da gestante, pelos fatores genéticos e, principalmente, pelo modelo perispiritual do próprio reencarnante. Nesse detalhe está a explicação para muitas doenças e deformidades congênitas.

Informam ainda que, ao desencarnar uma pessoa viciada, seu vício não se acaba junto com o corpo carnal e, na outra dimensão, ou seja, no mundo espiritual, seus desejos se tornam muito mais intensos porque o perispírito, livre do corpo de carne que o abafa, é um organismo de grande sensibilidade. Assim, o desejo de saciar o vício transforma-se em verdadeira tortura.

Muitos espíritos de viciados acabam encontrando maneiras verdadeiramente abjetas de se saciarem através de pessoas encarnadas que se entregam aos mesmos prazeres. Nesses casos, alguém que foi viciado, digamos em álcool, aproxima-se do beberrão encarnado, encosta-se nele, envolve-se com ele de maneira a conseguir sugar a parte etérica do álcool e assim, de certa forma, saciar seu próprio desejo. É por isso que muitas pessoas bebem até cair, num descontrole total, sem forças para vencer o vício. É verdade também que no caso dos alcoólatras há sempre um comprometimento de vidas passadas, que deixou seus perispíritos com esse tipo de predisposição.

O mesmo acontece com relação ao fumo, às drogas e até mesmo ao sexo.

Mas, há também os vícios de natureza moral, tais como a inveja, a cobiça, o egoísmo, o desamor, a leviandade, a desonestidade, a crueldade, a mentira e tantos outros, que geram sofrimentos depois da morte, por reterem seus portadores em zonas inferiores do mundo espiritual.

É, pois, muito importante libertar-se de todo tipo de viciações o quanto antes, trabalhando pela reforma interior, para que o retorno ao mundo espiritual pelas portas da morte, venha a ser uma ocorrência feliz, podendo reencontrar velhas amizades e desfrutar da paz e da felicidade que as dimensões espirituais mais elevadas proporcionam.

Mas isto não significa que alguém deva viver à parte do mundo, sem cultivar prazeres. Estes são muito importantes porque, junto com a satisfação das necessidades elementares da existência, formam o mais forte instrumento ou alavanca da vida e da própria evolução. A necessidade empurra e o prazer atrai. O que mais motiva o ser humano nos seus passos, em suas ações, se não a necessidade e o prazer?

Os prazeres, na verdade, são forças da vida que nos impulsionam para o progresso material. Mas, como em tudo, é preciso ver quais beneficiam e quais prejudicam. Isto me faz mal? Pode me prejudicar aqui na Terra ou no mundo espiritual depois do meu retorno para lá? Pode prejudicar outras pessoas ou lhes trazer algum tipo de sofrimento? Pode trazer prejuízos à natureza, ao meio ambiente?

O importante é saber analisar e definir quais os prazeres prejudiciais e quais aqueles que não prejudicam a nós mesmos, ao próximo ou qualquer outro segmento da vida, para que não se transformem em causas para sofrimento, gerando karma negativo.

Os outros, os que não fazem mal, são alavancas a levantarem nossas forças e a nos darem alegria de viver.

Fomos criados para sermos felizes.

Os problemas da vida podem ser comparados a um barbante cheio de nós que é preciso desmanchar, deixando-o liso. Se você começar a dar puxões nesse barbante só vai apertar cada vez mais esses nós, não é verdade?

Mas se passar a desmanchá-los pacientemente, um por um, logo terá todos desatados e o barbante liso.

Com os problemas é a mesma coisa.

Se ficamos nervosos, irritados, agressivos, só conseguimos piorar a situação.

Mas se nos munimos de paciência e começamos a trabalhar com fé, sabedoria e equilíbrio logo teremos conseguido solucioná-los.

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Saara Nousiainen
Do Livro: “A Título de Esclarecimento”


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QUESTÃO PARA REFLEXÃO: O vício é uma questão da substância, da atividade, ou do abuso destas? O uso de drogas lícitas, de maneira desenfreada, deve ser tratada como o vício em drogas não-lícitas?

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